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Inundações na Alemanha são a maior catástrofe natural vivida no pós-guerra

Lusa / PT Post


Chuvas diluvianas e consequentes cheias afetaram fortemente a Alemanha e países vizinhos – particularmente a Bélgica, mas também o Luxemburgo, Holanda e Suíça – nesta semana.


O número de vítimas mortais na sequência das fortes chuvadas e inundações que estão a fustigar a parte da Europa Central aumentou para 133 na Alemanha, elevando para 153 o número de mortes na Europa.


“Segundo informações atualizadas, 90 pessoas perderam a vida durante a catástrofe” na região da Renânia-Palatinado, uma das mais afetadas, indicou hoje a polícia, em Koblenz, citada pela Agência France Press. Este número soma-se às 43 mortes contabilizadas na Renânia do Norte-Vestefália, outra região alemã fortemente atingida pelas inundações, e às 20 mortes registadas na Bélgica, onde há outras 20 pessoas desaparecidas.


As autoridades admitem que possa haver mais mortos, uma vez que ainda há dezenas de pessoas desaparecidas nessas duas regiões, em especial em Erftstadt, localidade próxima de Colónia, onde um grande deslizamento de terras derrubou vários edifícios.


Governo sem conhecimento de vítimas portuguesas devido ao mau tempo


A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, assinalou no final desta semana não ter conhecimento de vítimas portuguesas devido ao mau tempo que atinge a Europa, assegurando que os consulados e embaixadas “têm estado a acompanhar” a situação.


“No caso da Alemanha, temos situações na área de jurisdição de Düsseldorf e também Stuttgart, as nossas duas cônsules estão também a acompanhar. O reporte que nos fizeram até ao momento são situações mais na área de Dusseldórfia e Colónia. Temos um casal que teve de abandonar a casa porque teve uma inundação, tivemos um português que teve de dormir no carro porque teve de parar porque a estrada estava bloqueada por causa das cheias, mas não há neste momento nenhuma fatalidade”, disse Berta Nunes.


No entanto, sublinhou que há ainda o caso dos desaparecidos, sendo que até agora não foram reportados portugueses entre estes.


“No caso da Bélgica, também não temos nenhum reporte nem nenhum pedido de ajuda”, acrescentou.

Já no caso do Luxemburgo, foram identificados alguns “portugueses afetados”, mas a secretária de Estado destacou que as autoridades locais estão “de uma forma muito proativa, a apoiar, independentemente de serem portugueses ou de serem outras nacionalidades”.


“Também não temos notícia de nenhuma morte nem de situações graves do ponto de vista da saúde das pessoas”, ressalvou, reiterando que algumas casas “foram bastante danificadas com as cheias” no Grão-Ducado.


Berta Nunes assinalou ainda que os consulados e embaixadas de Portugal nos três países “têm estado a acompanhar” os efeitos do mau tempo.

Foto cedida pelos bombeiros de Erftstadt

Hospital teve de transferir pacientes após inundação na Alemanha


Um hospital na cidade alemã de Geilenkirchen, na Renânia do Norte-Vestfália, ficou inundado e teve de transferir doentes, após as fortes chuvas que atingiram a Alemanha, relatou um português que vive na região.

“Na cidade de Geilenkirchen [Renânia do Norte-Vestfália], o hospital e a baixa da cidade ficaram cheios de água, o trânsito não pôde circular e ficou isolada. Os pacientes que estavam no hospital foram para outros locais aqui da zona”, declarou Amílcar Vaz Teixeira, que vive na Alemanha há 50 anos.


“O tráfego nas linhas de comboio foi suspenso em Geilenkirchen”, referiu ainda o emigrante, que trabalha numa empresa de produtos para a aviação.


“Eu vivo em Heinsberg - cidade vizinha de Geilenkirchen -, que está situada a 15 quilómetros da Holanda e a 30 da Bélgica, fica neste triângulo [entre os três países]”, afirmou Teixeira.


“Na nossa cidade, felizmente, [a situação] ainda está bem, apesar de haver duas aldeias que pertencem à cidade na quais que o trânsito está proibido de circular por causa das cheias. As estradas estão cheias de água. Na nossa cidade, ainda não ouvi nada sobre hospitais cheios de água, não há nada”, indicou.


Segundo Teixeira, “há outras zonas bem mais afetadas na Alemanha, nomeadamente a região que fica a 60 quilómetros mais a sul da nossa cidade”.


“A zona de Eifel [que ocupa parte do sudoeste da Renânia do Norte-Vestfália e do noroeste da Renânia-Palatinado] foi bastante atingida, como na cidade de Stolberg, onde há vítimas mortais e casas que caíram, pessoas continuam desaparecidas e não se sabe quantas estarão mortas”, declarou.


De acordo com Teixeira “também a cidade de Hagen, na Renânia do Norte-Vestfália, onde vivem muitos portugueses, foi muito atingida, ficando com o trânsito muito afetado”.


“Não tenho conhecimento de mortos na comunidade portuguesa. Se houvesse, garanto que já saberíamos, pois estamos todos muito ligados pelas redes sociais, pelo Facebook. Conheço muita gente em Hagen, Dortmund e estamos sempre em contacto”, declarou.


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