Lusa
Mais de duas mil pessoas na Alemanha participaram no final de agosto em três concertos simulados para testar o melhor modelo que permita organizar este tipo de espetáculos, evitando a contaminação pelo novo coronavírus.
Segundo relatou a agência France Press, o cantor ‘pop’ alemão Tim Bendzko aceitou participar no estudo da Universidade de Halle e deu três “mini-concertos” durante o dia em Leipzig, testando várias variáveis: com um menor e um maior número de espetadores, maior ou menor distanciamento, além de diferentes medidas de higiene.
Nas simulações de concerto apenas foi autorizada a participação de pessoas jovens e saudáveis, para limitar o risco de contágio pelo covid-19, e com teste negativo para o novo coronavírus.
“Este projeto deve lançar as bases para o retomar do setor do entretenimento, que é particularmente afetado pelas medidas restritivas que tiveram de ser tomadas devido à pandemia de covid-19”, explicou o ministro da Ciência do Estado da Saxónia, a uma televisão local.
Os voluntários também mediram a temperatura à entrada dos concertos, usaram máscara de tipo “FFP2” e foi-lhes entregue um dispositivo para monitorizar os seus movimentos e contactos.
“Senti-me um rato de laboratório”, comentou um dos voluntários, Robert Siemer.
Os desinfetantes florescentes utilizados permitiram registar as superfícies que eram mais tocadas pelas mãos dos participantes.
Os investigadores da Universidade de Halle mediram também a trajetória dos aerossóis projetados pelos participantes, partículas que, segundo os especialistas, desempenham um papel importante na contaminação.
Com os dados recolhidos, os investigadores pretendem desenvolver um modelo matemático que avalie os riscos de propagação do vírus numa sala de concertos.
Os resultados do estudo deverão ser publicados no outono.
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