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Carlos Gonçalves apela a uma reflexão profunda sobre o país e as comunidades

Mensagem de Carlos Gonçalves, deputado na Assembleia da República


PT Post


Carlos Gonçalves, deputado na Assembleia da República eleito pelo círculo da Europa, residente em Paris, divulgou uma mensagem por ocasião do 10 de Junho, que entende ser “para os portugueses, uma data que se reveste de um simbolismo muito especial. É o momento em que se homenageia a Nação, se evocam valores da pátria e da cultura e ao qual se associam, com toda a justiça, as comunidades portuguesas”. São estas que dão “a este dia a relevância e o simbolismo que ele realmente merece”, mesmo que as comemorações organizadas pela Presidência da República sejam o momento mais protocolar e oficial. “O Dia de Portugal é, habitualmente, celebrado pelas gentes da emigração de forma efusiva e sentida através de um conjunto alargado de eventos em que a nossa cultura e a nossa língua são motivos de destaque”.

Reconhecendo que o contexto pandémico impede, novamente este ano, a realização das habituais celebrações, o deputado expande a sua reflexão sobre o simbolismo da data e o que deve representar, “O Dia de Portugal é a ocasião, pelo menos ao nível dos discursos políticos, em que se reconhece que a nossa realidade é a de um país repartido pelo mundo. Uma realidade que integra os vários milhões de portugueses que apesar de residirem no estrangeiro mantêm um vínculo forte ao seu país de origem.”. Mais acrescenta que “O Dia de Portugal é também um momento de relevar as principais preocupações dos portugueses que residem no estrangeiro.


Desde logo, ao residirem em contextos sociais e políticos diferentes, os portugueses da diáspora estão como todos nós a sofrer as consequências da COVID-19”.


Carlos Gonçalves desenvolveu na sua comunicação também uma análise sobre a pandemia, referindo que “veio também alterar de forma profunda as relações das nossas comunidades com Portugal, nomeadamente, quando impede a vinda regular destes portugueses ao seu país”. “Uma crise que se repercutiu, ao mesmo tempo, no investimento económico das nossas comunidades e uma crise que veio comprometer a sustentabilidade financeira da rede mais importante de Portugal no estrangeiro, que são as associações de âmbito social e cultural”, adianta.


A avaliação que traça fazia com que o deputado considerasse “era expectável que fossem tomadas medidas de apoio excecionais dirigidas às comunidades portuguesas face ao carácter excepcional da crise actual”. A este respeito, avalia a acção governativa negativamente, apontando, “a título de exemplo importa sublinhar o momento difícil que conhece a nossa rede consular, em alguns países em situação de total rutura, ou a insuficiência, e em alguns países a inexistência, de apoios à rede associativa que acima referi o que poderá ter custos significativos para a afirmação de Portugal no mundo. Esperava-se mais do Governo. Esperava-se muito mais”.


Face à crítica que dirige ao governo, deixa “o desafio para que este seja um dia em que o Governo leve a cabo uma profunda reflexão sobre o que pretende para o país e para as nossas comunidades”. Carlos Gonçalves estende mesmo esta observação à pergunta estrutural de “Será que queremos continuar com esta visão “pequenina” de um país da Europa Ocidental ou queremos realmente entender a dimensão deste Portugal, um Portugal dos portugueses, ou seja, um Portugal espalhado pelo mundo e que existe e que se afirma através das nossas comunidades”. Termina, dizendo que, “o 10 de Junho é muito mais que o Dia de Portugal. O 10 de Junho é o Dia de Portugal no mundo”.



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