Lusa / PT Post
O piloto português António Félix da Costa (DS Techeetah), sagrou-se campeão mundial de Fórmula E, campeonato para carros elétricos, que é organizado desde 2014 pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), a mesma responsável pela Fórmula 1. Félix da Costa garantiu o título depois de ter sido segundo classificado na oitava jornada da competição, em Berlim, no circuito de Tempelhof, quando faltavam duas corridas para o final do campeonato, com a sua equipa, DS Techeetah, a festejar também o triunfo no campeonato de equipas. O português acabou por terminar o campeonato na primeira posição, com 158 pontos. Stoffel Vandoorne (Mercedes) terminou em segundo, com 87, um ponto acima do anterior campeão e colega de equipa de Félix da Costa, o francês Jean-Eric Vergne (DS Techeetah).
Foi a primeira vez que este título foi arrecada por um piloto português e é o mais título de automobilismo mais elevado alguma vez conquistado pelo desporto português, merecendo mensagens congratulatórias do Primeiro-Ministro e Presidente da República portugueses. “António Félix da Costa é o quinto piloto a conquistar esta prova, naquele que é um dos momentos mais altos da sua carreira. Orgulha Portugal, alegra todos os portugueses e merece o reconhecimento do Presidente da República, que já lhe transmitiu pessoalmente as felicitações em nome de todos os portugueses”, indicou uma nota publicada na página oficial da Presidência da República na Internet. A mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa sucedeu-se à do primeiro-ministro, António Costa, que já tinha felicitado o piloto português: “Parabéns a António Félix da Costa, campeão do mundo de Fórmula E. Dia histórico e de orgulho para o desporto automóvel português”, escreveu António Costa, na rede social Twitter.
António Félix da Costa já manifestou vontade em “bater todos os recordes” e voltar a conquistar o troféu. “Há muitos atletas, ganhar uma vez é difícil, mas continuar lá e ganhar é ainda mais difícil. Vai ser essa motivação que me vai fazer continuar lá, bater todos os recordes”, afirmou António Félix da Costa, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde foi recebido no sábado à noite em festa por algumas dezenas de familiares e amigos.
A empunhar o troféu, e após ser entoado o hino nacional na chegada a Lisboa, o piloto agradeceu o apoio que sentiu vindo de Portugal. “Senti um apoio incrível de Portugal nestes últimos dias, não só no dia em que ganhei, mas em toda esta última caminhada”, frisou, acrescentando: “Todo este trabalho e conquistas são muito importantes para mim. Ver que deixo tanta gente contente é uma das melhores sensações do mundo”.
António Félix da Costa, de 28 anos, confessou que, quando cruzou a meta, sentiu que “devia estar mais contente” e que só na volta de entrada para a ‘box’ é que começou “a olhar para trás e a sentir que foi um título muito importante”, não só para ele, mas “para muita gente”. “Parámos o campeonato [devido à pandemia de covid-19] quando estava à frente, senti muita pressão e, depois, esta ida para Berlim onde se ia decidir tudo. Deixa-me muito contente ganhar e deixar outras pessoas contentes”, sublinhou.
O piloto de Cascais, que saiu da BMW para correr pela DS Techeetah, lembrou essa troca e revelou estar “muito contente” por a mudança “ter resultado”, naquela que considerou ser “a oportunidade da carreira”. “Só as derrotas é que nos conseguem preparar para as vitórias. Tentei mesmo conseguir isto com a BMW. Quando esta oportunidade de me juntar à DS Techeetah surgiu, senti que era a oportunidade da minha carreira, agarrei-a com todas as minhas forças e fico muito contente por ter resultado”, expressou o piloto.
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